Em alguns momentos da história, muitos desses monstros foram considerados reais, havendo vários, e vários, relatos reais, de pessoas que foram acusadas de ser algum tipo de monstro, dos mais horríveis tipos que uma pessoa poderia imaginar.
Na maioria dos casos, eram pessoas comuns, vivendo suas vidas cotidianas, até que o impensável aconteceu… os dedos apontados. Precisamos lembrar que não temos o intuito de criticar, julgar, muito menos impor verdades absolutas.
Nosso objetivo é único e exclusivo de informar e entreter. Por isso, o conteúdo dessa matéria se destina a aqueles que se interessarem e/ou identificarem. Sendo assim, nós aqui da redação da Fatos Desconhecidos selecionamos essa listinha com 7 pessoas que foram acusadas de serem monstros de verdade. Confira:
1 – Os Valdenses
Na França, a feitiçaria é muitas vezes referida como vauderie. Essa é uma referência direta aos valdenses, uma seita católica do século 12, declarada herética pela igreja conservadora. Falar contra a Igreja Católica não era uma boa ideia, e por isso todo o grupo foi taxado de bruxos.
Não era o caso de ignorá-los na esperança de que fossem embora, mas sim, guerra. Um livro chamado “Incentivos Contra a Seita Valdense” detalhou como identificar, caçar, torturar e executar os membros da seita. Hoje existem apenas quatro cópias desses livros.
A cruzada travada contra os Valdenses foi uma das primeiras “caça às bruxas” em grande escala, levadas à cabo por pessoas que dizia, que a seita estava ligada ao Diabo, para derrubar a Igreja. Eles foram acusados de tudo, desde dançar sob o céu noturno com demônios até orgias noturnas, adorando o diabo.
A seita permaneceu ativa por, surpreendentemente, um longo tempo e quando a inquisição estava se preparando para sua caça às bruxas, os valdenses que haviam sido capturados e torturados confessaram todos os tipos de atos negros, dando considerável credibilidade à ideia e que eram mesmo ligados a Satanás, colocando-os na mira da Inquisição.
2 – Peter Stumpp
Peter Stumpp (também soletrado como Stumpf, Stubbe, Stuppe) era um fazendeiro alemão do meio do século 16 que foi executado no Halloween de 1589. Infelizmente, só temos um relato do que aconteceu na cidade de Bedburg, no outono. Circulavam rumores sobre uma enorme criatura, parecida com um lobo, que fora vista rondando o campo à noite, com “olhos grandes e largos olhos, que na noite brilhavam como marcas de fogo”.
Foi culapado pela morte de gado – e, segundo notícias, as pessoas – então os moradores começaram a se armar e sair à noite para tentar pegar a criatura. Então, finalmente conseguiram. De acordo com a história, eles cercaram com a criatura numa noite em 1589, vários anos depois que as histórias começaram.
Quando avançaram, só encontraram Stumpp e o ameaçaram de tortura. Rapidamente ele confessou que era ele quem aterrorizava o campo, que havia matado pelo menos 15 pessoas ao longo do tempo. Tudo havia começado quando ele fizera um pacto com o Diabo, aos 12 anos.
Em troca de sua alma, Satanás lhe deu um cinto que o permitia se transformam em um sanguinário homem-lobo (um cinto que nunca fora encontrado). Além dos assassinatos de gado e de pessoas, Stumpp foi acusado de ter uma amante demoníaca e de ter comido seu próprio filho (cuja mãe era sua própria filha, o que torna as coisas mais estranhas), usando suas atividades diurnas para escolher as vítimas.
Por seus crimes ele foi executado na roda da tortura (onde teve todos seus membros quebrados), depois foi decapitado e, ainda, queimado, só pra terem certeza. Tragicamente, sua filha e amante foram consideradas cúmplices, também sendo executada.
3 – Alice Kyteler
Kiteler’s Inn é um pub popular em Kilkenny, Irlanda. Quase oito séculos depois de ter sido fundado ainda é bastante visitado por moradores locais e turistas. Foi fundado por uma mulher quer fora expulsa da cidade, sob alegação de ser bruxa. Alice Kyteler nasceu no século 13 (datas variam), cresceu tendo uma grande sequência de maridos e filhos.
Quando um de seus maridos mais ricos de repente, e de maneira inexplicável, ficou doente, mudou sua vontade de deixar seus ativos substanciais inteiramente para Alice e seus filhos, até mesmo de seus próprios filhos. E essa foi a gota d’água, os enteados se reuniram para acusar Alice de ser uma bruxa.
As acusações feitas contra ela eram horríveis, incluindo sacrificar animais e deixar peças em encruzilhadas para invocar o Diabo, de fazer poções com restos humanos, e de os oferecer às pessoas. Claramente, com esse tipo de poder, não havia maneira de não usá-lo em benefício próprio.
Alice foi acusada de matar seus maridos, que ela tinha enfeitiçado para que se apaixonassem por ela, para que pudesse herdar suas riquezas. As acusações aumentaram e, em 1324, a igreja proclamou toda a área de estar sob influência de feitiçaria.
Pela primeira vez, praticar bruxaria era oficialmente heresia, e o que se seguiu foi uma briga entre os aliados seculares de Alice e as autoridades da igreja. Como de costume, a igreja venceu. Porém, Alice teve muito tempo pra sair da Irlanda antes que a igreja desse seu veredicto.
Ela fugiu para a Inglaterra, mas a igreja não poupou aqueles que ela deixou para trás. Um de seus servos, Petronilla de Midia, foi queimado na fogueira por sua associação com a bruxa. Alice, entretanto, desapareceu.
4 – Giovanni Aldini
Todo mundo conhece a história do Dr. Frankenstein e seu monstro, mas você provavelmente não sabia que a inspiração de Mary Shelley veio de um cientista real. Giovanni Aldini era o sobrinho de Luigi Galvani, o fundador do galvanismo – conjunto de fenômenos relacionados com a geração de correntes elétricas por meios químicos.
Seu sobrinho deu alguns passos adiante e tentou os experimentos em um corpo humano inteiro. Esse corpo era o de George Foster, que fora enforcado em 18 de janeiro de 1803. Seu crime? Ter matado esposa e filho, depois tê-los jogado no Regents Canal. Para Aldini, o enfocamento foi, na verdade, fortuito.
A lei inglesa, na época, proibia a prática de enterrar corpos dos que haviam sido enforcados. Foster só estava pendurado por uma hora quando Aldini o considerou perfeito para seus experimentos, então ele foi rapidamente cortado e levado para a mesa do cientista.
De acordo com o livro The Newgate Calendar, o corpo de Foster se contorceu ao receber a descarga elétrica fora aplicada. Um de seus olhos se abriu e suas pernas começaram a se movimentar. Os registros oficiais também sugerem que alguém morreu de susto, não muito tempo depois de ver o que estava acontecendo, fazendo de Foster, oficialmente, um assassino pós-morte.
Aldini tinha uma razão legítima para suas experiências, ele esperava encontrar uma maneira de aplicar eletricidade em uma pessoa recentemente falecida, no intuito de ressuscitá-las, principalmente as vítimas de afogamento. Ele realizou suas experiências na Inglaterra e por todo o continente, enquanto, sem dúvidas, deu muitos motivos para muitas pessoas terem pesadelos e passarem noites sem dormir.
5 – Anneliese Michel
Nascida na Baviera, em 1952, Anneliese Michel, talvez tenha sido a última encarnação recente de Satanás. Michel fazia parte de uma família devotamente religiosa, que acreditava que era preciso pagar penitência pelos pecados de sua mãe.
Sua irmã mais velha era ilegítima, e quando a menina de oito anos morreu, a mensagem para sua família religiosa foi clara. Um sinal ainda mais claro veio quando Anneliese estava com 17 anos, e foi diagnosticada com epilepsia. As convulsões foram piorando e ela começou a mostrar sinais clássicos de possessão demoníaca.
Ela ouvia vozes, dizendo que estava condenada, pedindo exorcismos, ficando cada vez pior. As imagens religiosas a deixavam em pânico, e os tratamentos e remédios convencionais não ajudavam. Durante seu exorcismo, preferiu várias vozes.
Alegando ser desde Hitler, passando por Nero, Judas até o próprio Diabo. Michel (ou seus demônios) violentamente recusava comida e água, ao invés disso, passava horas gritando, se batendo de maneira violenta e sangrenta, e lambendo a própria urina.
Finalmente, morreu de fome e pneumonia em 01 de julho de 1976, pesando 68 quilos. Ela foi enterrada ao lado de sua irmã, em uma área do cemitério reservada para suicidas, embora o tribunal não tenha concordado, eventualmente acusando seus pais e sacerdotes por homicídio negligente.
6 – Clairvius Narcisse
Clairvius Narcisse morreu em 1962, dois dias depois de fazer uma consulta em um hospital no Haiti. Ele estava tendo problemas para respirar e, depois de morrer, seu corpo foi refrigerado durante as 20 horas que levaram para sua família preparar seu enterro.
Dando um pequeno salto de 18 anos nessa história, quando Angelina Nacisse estava em um mercado local, um homem chegou até ela e se apresentou por um nome que ela tinha dado (como um apelido carinhoso) a seu irmão. O homem disse que, de fato, era seu irmão. Obviamente, essa história chamou muito a atenção de profissionais, médicos e psiquiatras, que conversaram com ele, fizeram exames e confirmaram que, de fato, ele era Clairvius Narcisse.
E ele tinha uma história incrível! Segundo Clairvius, seu irmão tinha montado um esquema para que seu irmão fosse drogado, sequestrado e vendido para trabalho escravo, como um zombie real. Para tirá-lo de cena, deixando um pedaço maior de herança para seu irmão.
Quando um estudante de Harvard o examinou concluiu que a droga era uma potente mistura de erva-moura, meimendro e outros alucinógenos. O resultado era muito parecido com a morte, quando a pessoa era exumada e revivida, o dano cerebral resultante fazia com que elas se comportassem como zumbis estúpidos, como aqueles que vemos na televisão, mas sem a necessidade de comer cérebros.
7 – Walpurga Hausman
Muitas pessoas eram acusadas de feitiçaria, mas as acusações contra Hausman foram além. Acusada tanto de ser bruxa quanto vampira, a multi-tarefas Walpurga Hausman foi queimada na fogueira no dia 10 de setembro de 1587, em Dillingen, na Alemanha.
Viúva e parteira, Hausman cuidava das mulheres e dos filhos da aldeia há anos. Isso fez dela uma valiosa aliada do Diabo. Mesmo lutando contra a suas tentações, acabou sendo batizada e recebeu um familiar demoníaco. Foi esse familiar (e amante) que lhe deu um bálsamo especial, que mataria qualquer pessoa (principalmente recém-nascido) que tocava.
Uma vez que as crianças estavam mortas, ela ocasionalmente desenterrava seus restos mortais para usá-los em rituais satânicos. Em alguns casos, ela confessou que bebia primeiro o sangue dos bebês. Água santa protegia as pessoas de sua maldade, mas ela encontrou uma maneira de contornar isso.
Hausman dava de sua própria água santa (que havia sabotado com sua malignidade) para as pessoas. Não surpreendentemente foi considerada culpada em todos os aspectos e condenada à fogueira. Mas, primeiro, ela deveria ser escoltada pela cidade, para cinco locais.
Em cada parada ela deveria ser cortada com um ferro quente. Antes de ser finalmente queimada e suas cinzas jogadas no rio.
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